O filme "amor e inocência" despertou minha curiosidade sobre Thomas Lefroy. Por isso, resolvi pesquisar sobre ele.
Thomas Langlois Lefroy (08 de janeiro de 1776 - 4 de Maio 1869) foi um irlandês - huguenote político e juiz.
Em 1796, Lefroy teve um flerte com Jane Austen, que era amiga de um parente seu. Ela o menciona em duas cartas escritas à sua irmã Cassandra
mas, não há evidências claras de que tenha sido algo realmente sério, como apresentado no filme "Amor e inocência". Sempre teremos esta dúvida.
mas, não há evidências claras de que tenha sido algo realmente sério, como apresentado no filme "Amor e inocência". Sempre teremos esta dúvida.
Os fatos são que Austen e Lefroy, conheceram-se em um baile, quando ele visitou Steventon de dezembro de 1795 a janeiro de 1796. Ele tinha acabado de terminar um curso universitário e estava se mudando para Londres para treinar como um advogado.
Jane escreveu à irmã Cassandra: "estou quase com medo de dizer como eu e meu amigo irlandês nos comportamos. Imagine tudo de libertino e chocante na maneira de dançar e sentar juntos." A família Lefroy interveio e mandou-o embora, no final de janeiro. O casamento era impraticável, já que nenhum deles tinha dinheiro, e ele estava dependente de um tio-avô em Portugal para financiar a sua educação e estabelecer sua carreira jurídica. Se Tom Lefroy depois visitou Hampshire, ele foi mantido afastado de Austen, e Jane Austen nunca mais o viu.
Alguns sugerem que Jane tenha se inspirado nele para criar o Sr. Darcy, o que é razoavel, já que o livro foi escrito na mesma época dos acontecimentos descritos acima.
Veja alguns trechos das cartas de Jane Auten a sua irmã, onde ele é mencionado:
"Você me censurou tanto na carta longa e agradável que, neste momento recebi de você, que eu estou quase com medo de dizer como meu amigo irlandês e eu nos comportamos. Imagine tudo de libertino e chocante na maneira de dançar e sentar-se juntos. Eu posso me expor no entanto, só mais uma vez, porque ele deixa o país logo após a próxima sexta-feira, dia em que vamos ter uma dança em Ashe, afinal. Ele é muito cavalheiro, de boa aparência, um homem agradável jovem, eu lhe garanto. Mas tendo jamais o encontrado antes, exceto nos três bailes passados, eu não posso dizer muito, porque ele tão excessivamente riu de mim em Ashe, que ele tem vergonha de vir a Steventon e fugiu quando nós chamamos a Sra. Lefroy há poucos dias.
. . . . . . "Depois que eu tinha escrito o acima, recebemos a visita do Sr. Tom Lefroy e seu primo George. O último é realmente muito bem-comportado, e quanto ao outro, ele tem apenas uma falha, que o tempo irá, espero, remover totalmente - que é o seu fraque, extremamente claro. Ele é um grande admirador de Tom Jones e, portanto, usa a mesma roupa colorida, eu imagino, que ele usou quando foi ferido."
. . . . . . "Depois que eu tinha escrito o acima, recebemos a visita do Sr. Tom Lefroy e seu primo George. O último é realmente muito bem-comportado, e quanto ao outro, ele tem apenas uma falha, que o tempo irá, espero, remover totalmente - que é o seu fraque, extremamente claro. Ele é um grande admirador de Tom Jones e, portanto, usa a mesma roupa colorida, eu imagino, que ele usou quando foi ferido."
Em uma carta que começou na quinta-feira (14 de janeiro de 1796), e terminou na manhã seguinte, havia outra menção a ele.
"Finalmente o dia chegou em que flertarei pela última vez com Tom Lefroy e quando você receber esta carta, tudo terá acabado. Minhas lágrimas correm enquanto escrevo diante da idéia de melancolia."
Quando soube da morte de Jane Austen, Tom Lefroy viajou de Portugal para a Inglaterra para prestar suas homenagens à escritora britânica e, coincidência ou não, o nome de sua filha mais velha, era realmente Jane.
Em seus últimos dias de vida, Thomas Lefroy, confessou ao sobrinho, ter amado Jane, embora tenha dito ser um amor de menino.
Veja um trecho de uma carta escrita pelo sobrinho de Lefroy:
"Meu falecido e venerado tio... disse em tantas palavras que ele estava apaixonado por ela, embora amenizasse sua confissão, dizendo que era um amor de menino. Como isso ocorreu em uma conversa amigável e privada, sinto-me em dúvida se devo torná-lo público."
Embora o noivado e fuga entre os dois tenha ficado por conta do filme "amor e inocência",(2007) eu não acho improvável que o amor entre eles tenha sido profundo, pois não parece provável que, alguém que tenha escrito romances tão lindos, nunca tenha se apaixonado.
Fontes:
Foto: Young Tom Lefroy, c1799 by G. Engleheart (new colour picture provided by Linda, who agrees that James McAvoy looks bloody like the young Tom Lefroy!)
12 comentários:
Eles se amaram até o fim.... :/
Realmente é triste,eles não terem ficado juntos....
Olha, rolou um sentimento aí, sim. O cara despencar de Portugal até a Inglaterra pra prestar homenagens a uma mulher com quem ele teve apenas um flerte, vinte anos antes?! Ah, rolou um sentimento sim.
Percebe-se que realmente houve um grande amor entre os dois, pela forma como ela o descreve nas cartas, a homenagem que ele prestou a ela. Sem contar o fato de que a filha mais velha dele tenha se chamado Jane.. Não seriam coincidências de mais?... É uma linda história, apesar de não ter tido um final tão feliz..
Vemos que há razões, não só históricas para que Jane enfatize o quão triste era para os casais suas situações financeiras e status sociais na interferência direta ao amor e casamento....tanto Jane ocmo sua irmã decidiram não abdicar do amor verdadeiro á uma casamento seguro.... com certeza os sentimentos dos dois foram muito fortes um pelo outro, e a partir de agora não tenho dúvidas disso....
Estou encantada com a história de vida e igualmente encantada com o primeiro livro que leio dela. Certamente não será o único.
Concordo com você. Acho que mesmo naquele tempo era preciso você ter um pouco de sentimentos em sua vida pra poder escrever os romances lindos dela. Pelas cartas percebe-se que não foi apenas um flerte, eles se apaixonaram e creio que ela nunca se deu o trabalho de se casar por conveniência justamente por valorizar tanto o amor e tenho certeza que Lefroy foi o primeiro e, ouso dizer, o último. Também acho que se um dia ela se apaixonasse por outro homem e ela pudesse ficar com ele, ela teria feito pq o amaria. Ela disse uma vez que todas suas heroínas teriam um final feliz apesar das dificuldades pq foi justamente o que não aconteceu com ela. Amo demais essa mulher.
Kkkk tbm acho
A que tanto escrevia esses romances lindos, não pode ter o seu, triste
com toda certeza do mundo eles se amaram verdadeiramente e acho que os fatos relatados nas cartas etc não contam nem 1% do que realmente aconteceu entre os 2, deve ter sido algo intenso e sério pq as histórias que ela escreveu durante e após sugerem isso, fato dele viajar p se despedir dela, o nome da filha dele ser jane, a confissão antes de morrer de que ele amava....não foi algo raso, se amaram até o fim
com toda certeza do mundo eles se amaram verdadeiramente e acho que os fatos relatados nas cartas etc não contam nem 1% do que realmente aconteceu entre os 2, deve ter sido algo intenso e sério pq as histórias que ela escreveu durante e após sugerem isso, fato dele viajar p se despedir dela, o nome da filha dele ser jane, a confissão antes de morrer de que ele amava....não foi algo raso, se amaram intensamente sim
eles se amaram muito da pra ver nas cartas que Jane mandou a irmã e não foi algo raso o que sinceramente acho muito injusto não terem vivido esse amor. choro sempre assistindo "amor e inocência" mesmo que nem tudo ali esteja fiel ao que aconteceu
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